quarta-feira, 2 de novembro de 2022

ventilação

Meu peito rasga 

Com a chegada do peso do mundo em minhas costas

Que se curvam 

Não há razão pra tal alegoria

Mas quanto mais vivo, mais me desfaço dessa triste fantasia:

A razão chega calmamente depois da emoção


O que me disseram é tão incerto

Leituras, mentiras, linguagens

Persongens e fantasias que escolhem vestir

Fantasias que escolhem acreditar

E perpetuam


Deixo ventilar

É sabido que dessa forma eu descubro o que já sei

Como um segredo velado

Como um percurso já desbravado

Um tesouro escondido

Um crime infiançavel 

Uma dor infindável

Um sonho inegociável


Minha essência exala a essência da liberdade

Temo não restar muita coragem

Então, deixo ventilar

Devo polir até encontrar esse diamante?

Ou devo me destoar desse sonho cada vez mais distante?

Deixar eclodir minha aura cantante?