De todos os tempos onde a consciência se afirma
De todas as eras, períodos, movimentos
Me centro
Respiro
Me lembro que não sou nada
Me lembro que quiçá existo
Me espanto, não é simples
Concepções e palavras, sonoras silabas que limitam
Criasse imagens, teorias, criasse expectativas
Cria-se
Mensagens sutis que sobrevoam os imaginários
Se extinguem em mentes curiosas
Ecoam
Alçam voos
Deu saudade e isso não tem sentido
Não vejo sentindo
Nem quando sinto
Duvido
Não deu tempo
Enquanto dou tempo ao tempo
Você se foi
E eu fico torcendo
Pra você também lembrar daquilo que eu to vendo
Inventando algo tão leve que chega a parecer errado, sonho alado
Por que esse vicio no que é difícil? Tudo tem que ser sempre complicado?
Questiono a complexidade e ela não parece existir
Coração emocionado? Não tenho
Já deixei o meu de lado.
Da pra viver com calma
Me lembrar que tenho alma
Me lembrar que pra cada tropeço
Uma pausa
Pra acertar no próximo compasso
Me refaço
Sou verso inacabado
Melodia tumultuada
Dançando por ritmos
Instrumentos desalinhados
Me centro e penso
Escrevo e relembro
Nada é por acaso
Isso tudo é só o começo