quinta-feira, 23 de junho de 2022

saudade?


De todos os tempos onde a consciência se afirma

De todas as eras, períodos, movimentos

Me centro

Respiro

Me lembro que não sou nada

Me lembro que quiçá existo


Me espanto, não é simples

Concepções e palavras, sonoras silabas que limitam

Criasse imagens, teorias, criasse expectativas

Cria-se

Mensagens sutis que sobrevoam os imaginários

Se extinguem em mentes curiosas

Ecoam

Alçam voos


Deu saudade e isso não tem sentido

Não vejo sentindo

Nem quando sinto

Duvido

Não deu tempo

Enquanto dou tempo ao tempo

Você se foi

E eu fico torcendo

Pra você também lembrar daquilo que eu to vendo

Inventando algo tão leve que chega a parecer errado, sonho alado

Por que esse vicio no que é difícil? Tudo tem que ser sempre complicado?

Questiono a complexidade e ela não parece existir

Coração emocionado? Não tenho

Já deixei o meu de lado. 


Da pra viver com calma

Me lembrar que tenho alma

Me lembrar que pra cada tropeço 

Uma pausa

Pra acertar no próximo compasso 

Me refaço

Sou verso inacabado

Melodia tumultuada 

Dançando por ritmos

Instrumentos desalinhados

Me centro e penso

Escrevo e relembro

Nada é por acaso

Isso tudo é só o começo